Praça Cel. Fernando Prestes, 152 - Bom Retiro

sobre o
festival

No intuito de consolidar o Arquivo Histórico Municipal dentro da programação pública da cidade, alavancando sua inserção social num contexto de injustiças e desigualdades, o Festival Arquivo Aberto se lança como espaço de construção coletiva das novas bases de preservação e difusão do patrimônio documental.

No giro de um segundo ou de uma era, o mundo mudou. A comunicação e a informação, agora equipadas com a riqueza de transmissão e registro trazidas pela informática, servem a outros parâmetros mais amplos, isto é, a uma sociedade universalmente diversificada, inclusiva e reivindicatória.

 

Afinal, onde reside o valor do documento?  

Dentro ou fora dele? 

Para suscitar o debate e, quem sabe, contribuir para uma experiência de cidade mais transigente, convidamos todos, todas e todes a vivenciarem os arquivos como lugares de acesso e reflexão, tendo os fatos e evidências como prismas de memória.

Cartas, relatórios, notas, fichas, memorandos, fotografias, vídeos, mapas e muitas outras fontes primárias são nosso alicerce de discussão. Queremos celebrar a preciosidade dos documentos, a qual reside no germe de transformação que a história oferece de uma geração para a outra, marcando a extensão da nossa sociedade.

Por essas, outras e muito mais, a equipe do AHM, junto com diversos parceiros, tem a honra de dar continuidade ao Festival Arquivo Aberto: o primeiro evento a abordar o patrimônio documental da cidade através da tríade científico-artístico-cultural.

eixos da 

programação

Trata-se de um conjunto de palestras e rodas de conversa com foco acadêmico-científico sobre questões prementes às Ciências da Informação e Humanidades, colocando ênfase no valor educativo dos documentos, nas ferramentas de gestão e política documental, nos instrumentos de acessibilidade via plataformas digitais e muito mais.

Trata-se de um conjunto de palestras e rodas de conversa com foco acadêmico-científico sobre questões prementes às Ciências da Informação e Humanidades, colocando ênfase no valor educativo dos documentos, nas ferramentas de gestão e política documental, nos instrumentos de acessibilidade via plataformas digitais e muito mais.

Por um percurso de intervenções e vivências culturais, contemplando inúmeras linguagens artísticas, o programa Ocupação Arquivo Vivo fomenta o aprendizado, a co-criação e a produção de conhecimento através da criatividade, do lúdico e do marginal, tanto em pensamento quanto em ação. Os arquivos são abertos, são vivos e são de toda a cidade.

sobre
o AHM

O AHM é um equipamento da Secretaria Municipal de Cultura (SMC) da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), com sede no multicultural bairro do Bom Retiro, na Praça Coronel Fernando Prestes, ao lado da estação de metrô Tiradentes.

Nosso objetivo principal é preservar a memória da Administração Pública Municipal e, por conseguinte, do desenvolvimento da cidade de São Paulo. Todas nossas atividades e projetos vão ao encontro de dois grandes eixos: recolher, organizar e conservar o importante patrimônio documental da PMSP, em seu estado físico e digital e difundir a informação e o conhecimento por meio de pesquisas e projetos culturais focados na recuperação da memória coletiva.

Entre documentos textuais, cartográficos e fotográficos, perfazendo aproximadamente 4.000 metros lineares, nosso acervo é vasto e trata de diversas áreas da História Social, considerando as atividades executivas, legislativas e judiciárias da Administração Pública.

Como exemplos, destacam-se:

  • As Atas da Câmara de Santo André da Borda do Campo e São Paulo de Piratininga (1555-1909), que constituem raros exemplares de documentação administrativa do reino de Portugal elaborada e conservada na América. Além de ser um dos únicos testemunhos de atas de vereança quinhentistas, das práticas administrativas, da composição e do arranjo social praticado no período, atestam ainda o estado de língua que originará o português brasileiro.
  • Documentos do Departamento de Cultura (1935 —1940), que abordam a construção da nacionalidade brasileira, sob o olhar paulista em oposição ao Estado Novo, proposto por Getúlio Vargas a partir do Rio de Janeiro, então capital federal. Capitaneado por Mário de Andrade, o acervo do Departamento de Cultura demonstra essa construção e as forças intelectuais e políticas que colaboraram com isso.
  • Conjunto da Comissão do IV Centenário da cidade de São Paulo (1951—1967), foi a proposta do Governo municipal de alavancar e projetar nacional e internacionalmente a pujança da economia paulista.
  • Conjunto documental da Comissão Municipal da Memória e Verdade – CMVD (2014 a 2016), e Cemitério de Perús (1990 a 1991) em que é possível recuperar a trajetória de lutas de indivíduos em prol da democracia no Brasil.
  • Livros de registros dos enterramentos em cemitérios públicos municipais (1858 a 1977). Nesses documentos encontram-se informações que podem subsidiar pleitos acerca de direitos de família e nacionalidade, além de pesquisas de caráter acadêmico com o mapeamento de óbitos e de suas causas, em recortes temporais, de livres e escravos na cidade de São Paulo.
  • Acervo bibliográfico voltado para a história da municipalidade, abarcando cerca de 7.000 exemplares de livros, uma hemeroteca com 6.700 exemplares de periódicos e um arquivo de recortes de jornais e revistas com cerca de 900 pastas. Dispõe também de uma coleção de obras raras e especiais, como os Relatórios de Prefeitos e o Registro Geral da Câmara Municipal.
  • Patrimônio arquitetônico protegido por legislação de tombamento nas três esferas administrativas; constituído pelo Edifício Ramos de Azevedo, Edifício Anexo e Torre da Memória. Os dois primeiros foram construídos entre 1908 e 1920, a Torre foi inaugurada como Cadopô” (Casa do Politécnico) em 1957.

patrimônio
arquitetônico

Protegido por legislação de tombamento nas três esferas administrativas (nacional – IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; estadual – CONDEPHAAT, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico; e municipal – CONPRESP, Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), o Arquivo Histórico Municipal abriga um conjunto arquitetônico valioso, constituído por:

Edifício Ramos de Azevedo

Projetado em 1908 pelo engenheiro-arquiteto e então docente da Escola Politécnica (EP) Francisco de Paula Ramos de Azevedo. Inaugurado em 1920, o edifício, concebido a partir de preceitos característicos da arquitetura clássica, foi destinado a abrigar o curso de Engenharia Elétrica e o Gabinete de Mecânica Aplicada e Eletrotécnica da EP.

Anexo

Originalmente conhecido como pavilhão anexo ao Edifício Ramos de Azevedo, foi inaugurado também em 1920 para abrigar as aulas práticas de Mecânica Aplicada às Máquinas, Bombas e Motores Hidráulicos. Em 1926, abrigou o Laboratório de Hidromecânica da EP, e posteriormente passou a pertencer ao Grêmio Politécnico, sediando o curso preparatório para os vestibulares da EP. 

Torre da Memória

(Antes conhecida como “Cadopô” – Casa do Politécnico): edifício fundado em 1949 e inaugurado em 1957 para abrigar a moradia estudantil e o Grêmio estudantil da Escola Politécnica de São Paulo.

Arquivo Histórico Municipal

Secretaria Municipal de Cultura

Prefeitura Municipal de São Paulo

 

Praça Coronel Fernando Prestes, 152

Bom Retiro 

e-mail: faleconosco.ahm@prefeitura.sp.gov.br

telefone: 11 3396 6000

 

Funcionamento

De segunda a sexta, das 9h às 17h

Aos sábados, das 10h às 16h